"PESCADORES DE HOMENS" (Lucas 5.1-11)

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Grande ideia: A missão de Jesus está baseada na Palavra de Deus e tem como agenda principal as pessoas e não os programas.
Estrutura: O ensino da Palavra (vv. 1-3), a experiência do milagre (vv. 4-7) e o chamado propriamente dito (vv. 8-11).
João 1.41–42 NAA
Ele encontrou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: — Achamos o Messias! (“Messias” quer dizer “Cristo”.) E o levou a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: — Você é Simão, filho de João, mas agora será chamado Cefas. (“Cefas” quer dizer “Pedro”.)
Pedro, Pedra Guilherme Kerr
Jonas foi seu pai
Maria, sua mãe
Seu irmão mais novo, André
Homem duro e firme em suas posições
Pedro, pedra, rocha e fé
Só certezas lá dentro de si
Petulância no crer e no agir
Declarou para espanto dos seus
És Cristo e Filho de Deus
Mas chegou o dia
E sempre há de chegar
Valentia encontra o chão
Diante do calvário
Pondo-se a alegar
Não conheço o cidadão
Só tristezas lá dentro de si
Como quem quer chorar e sumir
Canto amargo, pois se arrependeu
Rompeu, a rocha cedeu
Finda a tempestade
Morto o salvador
Volta Pedro a rede ao mar
Eis que lhe aparece
Vivo o seu Senhor
Pedro, eu vim te perdoar
Vem meu povo alimentar
Meu rebanho apascentar
1. O ensino da Palavra (vv. 1-3)
(a) Jesus estava no lago de Genesaré, e se sentia “pressionado” pela multidão (“povo comum, como oposto aos governadores e pessoas de importância”).
James Strong, Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong (Sociedade Bíblica do Brasil, 2002)..

Lago que fica no Norte da terra de Israel. É formado pelo rio Jordão. Mede 21 km de norte a sul, e a sua largura é de 13 km. Tinha peixe em abundância e estava sujeito a tempestades violentas. Era chamado também de lago de Quinerete (Nm 34:11), de Genesaré (Lc 5:1) e de Tiberíades (Jo 6:1).

(b) A palavra de Deus sempre suscitou fortes expectativas naqueles que a ouvem.
Lucas 8.11 (NAA)
11— Este é o significado da parábola: a semente é a palavra de Deus.
Lucas 8.21 (NAA)
21Jesus, porém, lhes respondeu: — Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam.
Lucas 11.28 (NAA)
28Jesus, porém, respondeu: — Pelo contrário! Mais bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!
(c) Esse episódio, tem relatos nos sinóticos: Mateus 4.18-22; Marcos 1.16-20
Marcos 1.16–20 (NAA)
16Caminhando junto ao mar da Galileia, Jesus viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores.
17Jesus lhes disse: — Venham comigo, e eu farei com que sejam pescadores de gente.
18Então eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.
19Pouco mais adiante, Jesus viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes,
20e logo os chamou. E eles seguiram Jesus, deixando o seu pai Zebedeu no barco com os empregados.
(d) Esse método de usar um barco como “púlpito” foi usado outras vezes durante o ministério de Jesus:
Mateus 13.1–2 (NAA)
1Naquele mesmo dia, Jesus saiu de casa e se assentou à beira-mar.
2E grandes multidões se reuniram em volta dele, de modo que entrou num barco e se assentou. E toda a multidão estava em pé na praia.
Marcos 3.9–10 (NAA)
9Então recomendou aos seus discípulos que sempre lhe tivessem pronto um barquinho, por causa da multidão, a fim de não o apertarem.
10Pois curava muitas pessoas, de modo que todos os que tinham alguma enfermidade se esforçavam para chegar perto, a fim de poderem tocar nele.
Marcos 4.1 (NAA)
1Jesus começou a ensinar outra vez à beira-mar. E uma numerosa multidão se reuniu em volta dele, de modo que entrou num barco, onde se assentou, afastando-se da praia. E todo o povo estava à beira-mar, na praia.
(e) Pescadores “lavando as redes” indica trabalho terminado, e nesse caso em específico, mal sucedido.
(d) Jesus então “entrando num dos barcos”, justamente o de Simão (…) e lá ele inicia o seu “ensino”.

O didáskein de Jesus de acordo com os Sinóticos.

a. didáskein é uma das funções principais de Jesus (Mt 4.23; 9.35; 11.1). Ele ensina nas sinagogas (Mt 9.35) e no templo (Mc 12.35), bem como na rua.

b. A forma do seu ensino é a de um típico professor da sua época. Em Nazaré ele lê a Escritura, se senta e expõe a passagem (Lc 4.16ss.). Ele também se senta para ensinar em Mt 5.1ss.; Mc 9.35; Lc 5.3.

c. O material de Jesus também é tradicional. Ele começa com a Escritura em Lc 4.16ss.; Mt 5.21ss. Mesmo assim ele não para na lei e se opõe à exposição casuísta. Seu alvo é objetivar a ordenação de toda vida em relação a Deus e ao próximo (Mt 22.37ss.), apela para a vontade e intima a uma decisão contra ou a favor de Deus. Como os rabinos ele encontra a revelação da vontade de Deus na Escritura (cf. Mt 5.17–18). A diferença principal está na sua própria consciência como o Filho. É por causa dele mesmo que seu ensino causa impressão (Mc 1.22; Mt 7.28–29). Portanto, embora ele não torne a lei absoluta, ele segue verdadeiramente o seu ensino ao mirar a pessoa integral com uma visão de educação e reforma. Nesse sentido ele é o fim da lei (Rm 10.4) e o evangelho se refere ao ensino num sentido absoluto quando fala do ministério professoral de Jesus. Embora esse seja o uso rabínico comum, ele soaria estranho aos ouvidos gregos. Mesmo assim, até mesmo Lucas o usa nesse sentido, pois a ligação com o próprio Jesus confere ao seu ensino um sentido absoluto.

d. Um elemento novo no evangelho é a ausência da ênfase intelectual que é comum em toda parte entre escritores gregos (clássicos, pós-clássicos, helenísticos e até mesmo judeus helenísticos) e que se desenvolve na exegese rabínica numa tentativa de adaptação à força desintegradora do helenismo, de modo que em alguns círculos o estudo da lei pode ser mais valorizado que seu verdadeiro estudo. Em relação a isso, Jesus com sua reivindicação total representa o que seria talvez um cumprimento mais verdadeiro do conceito do AT.

2. O milagre experimentado. (vv. 4-7)
(a) Ato continuo, Jesus pede a Simão (…) para levar o barco para um “lugar mais fundo” e lançar a rede de novo.
João 21.6 (NAA)
6Então Jesus disse: — Joguem a rede à direita do barco e vocês acharão. Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes.
(b) Simão tentou argumentar, mas prontamente obedeceu.
Lucas 5.5 (NVI)
5Simão respondeu: “Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes”.
Evangelho de Lucas 7. Jesus chama seus primeiros discípulos, que são peca-dores, a seguirem-no com exclusividade. – Lc 5.1–11

Aqui cabe notar de modo singular a palavra Mestre, que no grego é epistátes. A melhor tradução é “chefe, superior”. A autoridade superior dá uma ordem ao subordinado. – Aqui Jesus não “pede”, como aconteceu no v. 3b, mas Jesus ordena. A resposta de Pedro é a obediência.

Que significa o termo epistátes, com o qual Simão se dirige ao Senhor? Por ser “epistátes” o tratamento para uma autoridade superior, um preposto, Simão deve ter visto em Jesus o superior, o autorizado.

(c) Esse relato impressiona pela riqueza de detalhes: houve uma grande pesca, com redes a ponto de começarem a arrebentar-se.
(d) Falemos um pouco mais de Pedro:
McBirnie:
Muito se tem dito sobre o temperamento de Pedro. Ele não era particularmente modesto, mas era, com frequência, impositivo. Por vezes, ele, durante os primeiros dias da Igreja, pôs-se na vanguarda dos apóstolos, falando como seu porta-voz. Embora mais tarde eclipsado em notoriedade por Paulo, Pedro permaneceu firme na afeição da Igreja primitiva como o primeiro dentre os mais notáveis cristãos...
Ele, com uma rara combinação de coragem e de covardia, alternava momentos de grande força com lamentável instabilidade. Jesus dirigiu-se mais a ele que a qualquer outro de seus seguidores, tanto em louvor quanto em repreensão. Nenhum outro discípulo foi tão diretamente admoestado por nosso Senhor, e nenhum deles jamais ousou advertir seu próprio Mestre como Pedro! Contudo, sob os ensinos, os exemplos e o treinamento de Cristo, o caráter impulsivo desse galileu foi sendo gradativamente subjugado até, finalmente, após o Pentecostes, tornar-se a própria personificação da fidelidade a Cristo.
Havia, entretanto, um fator remidor no caráter de Pedro: sua aguda sensibilidade ao pecado. Em seu espírito, ele se mostrou extremamente sensível e melindroso neste particular. Foi ele quem disse: “Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador” (Lc 5.8). Pedro pecou tão gravemente quanto Judas. Se este vendeu Jesus, aquele imprecou contra seu Senhor. Não há, pois, diferença essencial nisso, exceto pelo fato de que Pedro se arrependeu, e Judas não.
3. O chamado para a missão de Jesus. (vv. 8-11)
(a) Tomado por assombro , Simão Pedro se prostra aos “pés de Jesus”.
Lucas 8.35 (NAA)
35Então o povo saiu para ver o que tinha acontecido. Aproximando-se de Jesus, encontraram o homem de quem tinham saído os demônios, vestido, em perfeito juízo, sentado aos pés de Jesus; e temeram.
Lucas 8.41–42 (NAA)
41Eis que veio um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga, e, prostrando-se aos pés de Jesus, suplicou-lhe que fosse até a sua casa.
42Pois tinha uma filha única de uns doze anos, que estava morrendo. Enquanto Jesus caminhava, as multidões o apertavam.
Lucas 10.39 (NAA)
39Marta tinha uma irmã, chamada Maria, que, assentada aos pés do Senhor, ouvia o seu ensino.
Lucas 17.15–16 (NAA)
15Um dos dez, vendo que estava curado, voltou dando glória a Deus em alta voz
16e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe. E este era samaritano.
(b) A fala de Pedro é em um tom de humildade: “Senhor, afaste-se de mim, porque sou pecador.”
Lucas 5.8 (SBLGNT)
8ἰδὼν δὲ Σίμων Πέτρος προσέπεσεν τοῖς γόνασιν Ἰησοῦ λέγων· Ἔξελθε ἀπʼ ἐμοῦ, ὅτι ἀνὴρ ἁμαρτωλός εἰμι, κύριε·

Esse sentido ocorre em Lc 5.8; Tg 1.20. A distinção principal é dos espíritos ou animais. b. É um uso comum tanto para os humanos em geral, como em Mt 14.21, ou para a população de um lugar, como em Mt 14.35.

Êxodo 4.10 (NAA)
10Então Moisés disse ao Senhor: — Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem no passado, nem depois que falaste a teu servo, pois sou pesado de boca e pesado de língua.
Êxodo 4.17 (NAA)
17Leve, pois, na mão este bordão, com o qual você fará os sinais.
Isaías 6.5 (NAA)
5Então eu disse: — Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!
Jeremias 1.6 (NAA)
6Então eu disse: — Ah! Senhor Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança.
Lucas, Volumes 1 e 2 D. Sua Inefável Majestade

Quando alguém é confrontado com Jesus, é impossível permanecer neutro. Seus inimigos reagem aos seus milagres com ódio e com injúrias; seus verdadeiros discípulos, com respeito e reverência. Eles se inclinam e adoram.

(c) Eles ficaram “admirados” com a pesca exponencial.

θαμβος thambos

semelhante a um absoleto tapho (pasmar); TDNT - 3:4,312; n m/n

1) ficar imóvel

2) surpresa, espanto

(d) Jesus diante desse espanto, faz a sua convocação: “você será pescador (“pegar vivo”) de gente”. Esse é um sinal no texto que Pedro era o líder no grupo dos discípulos de Jesus.
Evangelho de Lucas 7. Jesus chama seus primeiros discípulos, que são peca-dores, a seguirem-no com exclusividade. – Lc 5.1–11

O Senhor reveste sua promessa de uma linguagem que era familiar para Pedro. O pescador deverá capturar pessoas, como Davi (que foi tirado dos rebanhos de ovelhas) teve de apascentar seu povo (Sl 78:71s). Pedro experimenta aqui uma dupla promoção: no futuro ele deve capturar pessoas e não mais peixes; e deve capturá-las para a vida e não, como até então em sua insignificante pesca, para a morte. Isso está também expresso na palavra do texto original, onde consta zogreuein, um termo composto de zoos e agreuo = capturar vivo.

(e) Pedro recebe aqui essa ordem “você será pescador de gente”, e mais tarde esse outra ordem: “apascenta as minhas ovelhas”.
Evangelho de Lucas 7. Jesus chama seus primeiros discípulos, que são peca-dores, a seguirem-no com exclusividade. – Lc 5.1–11

Pedro obteve a incumbência: “Capturarás seres humanos” e depois: “Apascenta as minhas ovelhas” [Jo 21:17]. – Essas ordens não são duas incumbências distintas, mas dois lados e aspectos da mesmíssima tarefa. A designação pescador, pescador de pessoas, visa, de certo modo, expressar o começo do serviço pastoral – ou seja, atividade de pregação evangelística, avivadora. – A instrução “Apascenta minhas ovelhas” visa apontar para o alvo da proclamação da palavra, a saber, para a condução ao lar, à terra eterna da pátria celestial (Mt 13:48).

Louvo a posição de John Jowett, quando diz em seu livro O pregador, sua vida e sua obra que a convicção do chamado e a certeza da vocação não ocorrem quando vemos todas as portas se fechando e, depois, contemplamos a porta aberta do ministério. Vocação é quando você tem todas as outras portas abertas, mas só consegue enxergar a porta do ministério. Vocação é como algemas invisíveis. Você não pode fugir permanentemente desse chamado.
Lopes, Hernandes Dias (2008-01-03T22:58:59.000). De pastor a pastor (Portuguese Edition) . Editora Hagnos. Edição do Kindle.
(f) Estabelece o paradigma do que vem a ser discipulado, o termo “seguiram” (“juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo”).
James Strong, Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong (Sociedade Bíblica do Brasil, 2002)..
Jonas Madureira, “O custo do discipulado”:
Lucas 14.25–27 (NAA)
25Grandes multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse:
26— Se alguém vem a mim e não me ama mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
27E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.
Lucas 14.33 (NAA)
33Assim, pois, qualquer um de vocês que não renuncia a tudo o que tem não pode ser meu discípulo.
(1) Se alguém vem a mim e não apresenta esse amor, então não pode ser meu discípulo;
(2) Se alguém vem a mim e não apresenta esse sofrimento, então não pode ser meu discípulo;
(3) Se alguém vem a mim e não apresenta esse desapego, então não pode ser meu discípulo.
Isso significa que seguir Jesus não era apenas embrenhar-se no meio de uma turba que o seguia. A verdadeira igreja não é uma multidão que simplesmente segue Jesus, mas a reunião de todos aqueles que seguem Jesus nos termos de Jesus, ou seja, é a assembléia daqueles que se recusam a seguir Jesus do próprio jeito, meramente como curiosos, retendo apenas o que lhes agrada e descartando tudo mais. Em suma, trata-se da reunião daqueles que seguem Jesus como Jesus quer ser seguido.
Juan Carlos Ortiz, “O discípulo”:
Mas no livro de Atos, encontramos outra palavra que realmente revolucionou nossa vida e nossa igreja- a palavra discípulo. E indagamos de nós mesmos: “O que era um discípulo?”.
Não era o que chamamos de “membro de igreja”. Um discípulo é uma pessoa que aprende a viver do mesmo modo que seu mestre. E depois, ele próprio comunica a outros a vida que tem.
Portanto, o discipulado não consiste em uma transmissão de conhecimentos ou de informações. É uma transmissão de vida. Foi por isso que Jesus disse: “As palavras que vos tenho dito são espírito e são vida” (João 6.63).
Ser discipulado não é apenas aprender o que o mestre sabe- é chegar a ser como ele é.
Brennan Manning, “A assinatura de Jesus”:
Ser como Cristo é ser cristão.
Há um caráter explosivo e revolucionário nessa proposta. Quando um discípulo vive inteiramente para Deus, de mãos dadas com o Jesus para quem Deus é tudo, o poder ilimitado do Espírito Santo é liberado. Deus irrompe, milagres ocorrem, o mundo é renovado e a história muda. Discípulos ao redor do mundo, vivendo na luz que é Cristo, sabem com clareza que o aborto e as armas nucleares são apenas dois lados da mesma moeda explosiva cunhada no inferno; que os cristãos assumem o lado do Príncipe da Paz, recusando-se a prostrar-se diante do altar da segurança nacional; que somos um povo de Deus doador de vida e não negociante de morte; que vivemos sob o signo da cruz e não da bomba. Nos anos que estão por vir nada é mais importante do que ver a raça humana provida de uma comunidade de discípulos autênticos que, como aquele que seguem, vivem inteiramente para Deus.
Lucas 18.28–30 (NAA)
28Então Pedro disse: — Eis que nós deixamos nossa casa e seguimos o senhor.
29Jesus lhes respondeu: — Em verdade lhes digo que não há ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos, pais ou filhos, por causa do Reino de Deus,
30que não receba, no presente, muitas vezes mais e, no mundo por vir, receberá a vida eterna.
4. Outras aplicações:
(a) Jesus nunca nos deixará sem sinais de sua provisão sobre nossas vidas. Lance as suas redes, é será garantido o seu sustento. Agora, não se mantenha indolente diante de tanto cuidado!
Salmo 8.5–8 (NAA)
5Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.
6Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste:
7ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo;
8as aves do céu, os peixes do mar e tudo o que percorre as veredas dos mares.
Mateus 6.25–32 (NAA)
25— Por isso, digo a vocês: não se preocupem com a sua vida, quanto ao que irão comer ou beber; nem com o corpo, quanto ao que irão vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e não é o corpo mais do que as roupas?
26Observem as aves do céu, que não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros. No entanto, o Pai de vocês, que está no céu, as sustenta. Será que vocês não valem muito mais do que as aves?
27Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
28— E por que se preocupam com o que vão vestir? Observem como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.
29Eu, porém, afirmo a vocês que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não fará muito mais por vocês, homens de pequena fé?
31Portanto, não se preocupem, dizendo: “Que comeremos?”, “Que beberemos?” ou “Com que nos vestiremos?”
32Porque os gentios é que procuram todas estas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de todas elas.
"O Evangelho em Carne e Osso: Uma exposição do evangelho de Lucas para pessoas de corpo e alma" de Flávio Gouvêa de Oliveira:
"Até então, a missão de Pedro e seus amigos era apenas viverem dos peixes. Nada havia de errado nessa profissão, mas Jesus tinha muito mais para eles e até mesmo fez referência a esse conhecimento na nova missão que eles receberam. Primeiramente Jesus transformou a espiritualidade de Pedro e seus amigos e, agora, essa nova espiritualidade levaria a uma nova missão. Antes eles apenas pescavam e criam num Deus distante da sua realidade; agora ficariam próximos do “Deus conosco” e “pescariam” outras pessoas para que essas tivessem a mesma transformação, o mesmo relacionamento com Deus. Assim, diante da atitude e das palavras de Jesus, eles logo transformaram o sentimento de medo em desprendimento (deixaram tudo) e discipulado (o seguiram). Encontraram a verdade superior ao que consideravam verdade e, assim, mudaram suas atitudes e objetivos. O evangelho pregado por muitos hoje deixaria Jesus no barco como um amuleto para se pegar muitos peixes constantemente. Outros talvez fizessem uma grande homenagem a Jesus, lembrando-se sempre dele em suas próximas pescarias, contando a todos o milagre que aconteceu um dia. Entretanto, a atitude daqueles homens foi: deixar tudo, até mesmo o milagre (aquela quantidade exorbitante de peixes), e o seguirem. Viram que o Senhor daquele milagre era maior que o milagre em si. Nossa missão é engajar-nos na missão do nosso Senhor, e fazemos isso simplesmente seguindo-o em todos os momentos de nosso cotidiano. Também somos chamados a sermos seus discípulos."
(b) Temos que seguir a agenda de Jesus. E o foco de Jesus é PESSOAS, ele sempre defenderá a vida. O cristianismo não precisa ser complementado ou apoiado por qualquer ideologia humana.
João 18.36–38 (NAA)
36Jesus respondeu: — O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas agora o meu Reino não é daqui.
37Pilatos perguntou: — Então você é rei? Jesus respondeu: — O senhor está dizendo que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
38Pilatos perguntou: — O que é a verdade? Depois de dizer isso, Pilatos voltou aos judeus e lhes disse: — Eu não acho nele crime algum.
Jesus não comissionou pessoas perfeitas naquela época, e Ele não comissiona pessoas perfeitas hoje. Pedro viria posteriormente a comprometer seu testemunho do evangelho e seria confrontado por Paulo. As primeiras igrejas cristãs lutaram contra doutrinas falsas (Gálatas), lidaram com a imoralidade (Judas), se debateram com a falta de unidade (Coríntios), e esqueceram a sua esperança (Tessalonicenses). E mesmo assim, por meio destas igrejas e seus líderes, o evangelho seguiu adiante.
Qual foi o segredo? Cristo estava neles. Em sua carta aos Colossenses, Paulo escreveu:
“a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória;”.
Excessivas vezes, vemos a vida cristã como algo que estamos fazendo para Deus. Nada pode desgastá-lo mais, do que pensar que a missão é totalmente centrada em si. Outros, pensam como se fosse Cristo e eu, como se estivéssemos pelejando contra o diabo e sempre que precisássemos de ajuda, Jesus entraria no ringue e daria alguns golpes. As Escrituras nos lembram que é Cristo em nós que traz a vitória.
Ilustr.:
Havia um grupo de pessoas que se chamavam “pescadores”. Havia também muitos peixes nas águas do lugar onde estes pescadores moravam, nos rios, nos lagos, e no mar. E estes peixes estavam com fome. Atividades dos Pescadores Semana após semana, mês após mês, ano após ano, aqueles que se chamavam pescadores reuniam-se para falar da pescaria, da sua vocação para pescar, da abundância de peixes, e para estudar os métodos que eles poderiam empregar na pesca. Ano após ano, eles definiam cuidadosamente o que é pescar; defendiam a pesca como uma ocupação digna, e declaravam que é de suma importância ser pescador. Estes pescadores construíram salões grandes e bonitos para as suas reuniões. Insistiam que todos deveriam ser pescadores, e que todo pescador deveria pescar. Destacavam a necessidade urgente de pescar. Mas eles não pescavam. Além disto, organizaram o Comitê Geral de Pescadores, para enviar pescadores para outros lugares, onde também havia muitos peixes. Este Comitê era composto daqueles que possuíam grande visão e coragem para falar da pesca, e para promover a ideia de pescar em rios e lagos distantes, onde havia muitos outros peixes de cores diferentes. O Comitê empregou trabalhadores, defendeu a necessidade de pescar, ensinou como pescar, decidiu quais os rios e lagos onde se deveria pescar. Mas os membros do Comitê não pescavam. Peixeologia Grandes centros foram construídos, onde os pescadores eram ensinados a pescar. Cursos foram oferecidos sobre a necessidade dos peixes, a natureza dos peixes, as reações psicológicas dos peixes, como aproximar-se dos peixes, e como pegá-los. Os professores eram doutores em peixeologia, mas os professores não pescavam; apenas ensinavam a pescar. Além disto, os pescadores faziam gráficos e escreviam artigos para imprimir e publicar “O Guia do Pescador”. Trabalhavam dia e noite para produzir manuais sobre os métodos, o equipamento, e as estratégias necessárias para pegar peixes. Promoviam reuniões para falar da pesca, e contar experiências. Mas não pescavam. Pescadores Forneciam preletores capacitados para falar da pesca, a fim de incentivarem outros (principalmente jovens) a pescar. Após uma destas reuniões sobre “A Necessidade de Pescar”, um jovem emocionado resolveu deixar tudo para se dedicar à pesca. Foi pescar; e logo depois escreveu dizendo que pegara dois peixes notáveis. Ele foi honrado grandemente por causa desta pesca maravilhosa, e foi convidado a falar em todas as reuniões de pescadores, para contar como ele pegara estes peixes. Por isso, ele teve de parar de pescar, para ter o tempo necessário para contar a sua experiência aos outros pescadores. Foi nomeado membro do Comitê Geral de Pescadores, devido à sua grande experiência. Ora, é verdade que muitos destes pescadores sacrificavam muito, e suportavam muitas privações. Alguns viviam perto das águas e suportavam o mau cheiro de peixes mortos. Também suportavam a zombaria daqueles que caçoavam das suas reuniões de pescadores e do fato de que diziam ser pescadores, mas nunca pescavam. Eles se entristeciam também pensando naqueles que achavam que não era necessário assistir às reuniões sobre a pesca. Afinal, não estavam eles seguindo o Mestre, que disse: “Segue-Me, e Eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4:19)? Imagine como se sentiram quando, um dia, alguém lhes disse que aqueles que não pescam não são realmente pescadores, não importa o quanto afirmam o ser. Considere bem: será que alguém é pescador se, ano após ano, ele nunca pesca um peixe? Será que ele está seguindo o Senhor, se não está pescando? Adaptado de Horizons por R. E. Watterson
http://cruzadavozdoreino.blogspot.com/2016/05/serie-martires-da-fe-eric-liddell-1902.html?m=1
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